Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos

Ana Claudia Quintana Arantes é uma médica especializada em ajudar pacientes terminais a “aprender” a morrer e  sobre o desafio de se lidar com algo tão natural, porém, perturbador, como a própria morte. Em seus estudos, entrevistas e vídeos,  a especialista relembra os cinco maiores arrependimentos das pessoas antes de morrer. A lista faz parte do livro ‘Antes de partir: uma vida transformada pelo convívio com pessoas diante da morte’, da enfermeira australiana Brownie Ware

Dentre eles o que mais me chama a atenção e que mais gosto de comentar em minhas palestras é justamente este:  4. Eu gostaria de ter ficado em contato com meus amigos: -“Frequentemente, os pacientes não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até chegarem em suas últimas semanas de vida, e nem sempre era possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos e tiveram muitos arrependimentos profundos por não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.

As relações que a gente tem como nossos amigos deveriam ser na maior parte do tempo as mais honestas e verdadeiras que temos na vida, muitas vezes maiores até do que aquelas que temos com nossa própria família. São nestas relações que deveríamos fazer esforço para vivermos momentos especiais.

Se você parou para ler este texto agora, se essas palavras tiverem feito você lembrar alguém especial, termina ele e aproveita o impulso para ser amigo de um amigo, mostra sua presença, seu carinho, encontra um tempinho na sua agenda para um abraço, um café, uma frase de gratidão ou até para fazer lembrar que você ainda está ali.  Faz um esforço para se tornar presente no presente.  E lembra sempre que a melhor maneira de achar um amigo verdadeiro é sendo um.

Um abraço carinhoso e obrigada por ser um presente que a vida trouxe pra perto de mim

Izabela Neves Freitas – CRP 08/07396