Do Luto coletivo ao nosso Luto

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E hoje novamente estamos fragilizados emocionalmente… Lá se foi nosso bom dia, nosso companheiro de concordar com a cabeça com as muito bem colocadas opiniões e críticas construtivas. Mais uma vez nem dá pra dizer que a gente não o conhecia, pois ele estava aqui todos os dias.                 Quando temos empatia pela dor do outro, reagimos à imagem do sofrimento alheio. Em mais este luto coletivo, sentimos mesmo sem termos intimidade , sentimos a dor do outro como se fosse nossa.                                                  Paramos para pensar nas nossas questões e sentimos medo de perdermos os nossos também.  Segundo a psicóloga  Érica Pallottino: “Então, junto à solidariedade e empatia pela dor do outro, sinto receio pelos meus, sinto medo de perder também quem eu amo. A dor encosta em mim. Esse é um dos efeitos de uma grande tragédia: ela nos coloca em situação de alarme, nos faz pensar que tudo pode mudar de uma hora para outra, retira bruscamente a ilusão de controle e previsibilidade do mundo.Com o tempo, a dor do luto tende a diminuir de intensidade, mas estará sempre presente. O vínculo é contínuo, não se encerra com a morte. Acontece como se em cada lembrança, em cada saudade, a dor retornasse. Ela passa também a fazer parte de mim. Por isso, falamos hoje em adaptação ao processo de luto, não mais em aceitação. Eu aprendo a conviver, a encontrar um espaço interno para acomodar minha dor.”                                                    Enquanto isso a gente preenche o vazio com amor, com serenidade, alegria e amizade. Pois a gente não tem como saber se aquele bom dia pode ser o último.